O Plano de Dominação Evangélico e a Ascensão do Poder Religioso na Política
Em 2009, um congresso evangélico em Belo Horizonte reuniu líderes religiosos com o objetivo de traçar estratégias para a igreja conquistar espaço no Brasil. O evento, chamado Congresso Nacional dos 7 Montes, propunha que os evangélicos dominassem os "7 montes da sociedade":
- Artes e entretenimento
- Mídia e comunicação
- Governo e política
- Economia e negócios
- Educação e ciência
- Família
- Igreja e religião
Essa visão, que busca o domínio da sociedade a partir de princípios religiosos, tem raízes na chamada Teologia do Domínio. Segundo essa teoria, a igreja evangélica herdou as promessas divinas feitas ao povo de Israel no Antigo Testamento, incluindo a promessa de prosperidade material e poder político.
Um dos exemplos mais claros dessa busca por poder é o crescimento das igrejas que adotam o Modelo de Discipulado Apostólico (MDA). Esse modelo, similar ao marketing multinível, organiza a igreja em células com líderes que recrutam e treinam novos membros, criando uma estrutura hierárquica rígida e focada em resultados.
O MDA utiliza técnicas de persuasão emocional em retiros espirituais para fortalecer a adesão dos fiéis à sua visão. Através do segredo em torno desses retiros, o modelo gera curiosidade e propaganda boca a boca.
A influência da igreja evangélica se estende também à política. O voto evangélico foi decisivo nas últimas eleições presidenciais, impulsionando a eleição de Jair Bolsonaro e a nomeação de Damares Alves para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Damares Alves, em seus discursos, defendia abertamente que a igreja deve governar o Brasil. Ela afirmava que "não é a política que vai mudar esta nação, é a igreja", demonstrando a intenção de utilizar o poder político para promover uma agenda religiosa.
A influência da igreja já é evidente em áreas como a mídia e a comunicação, com o crescimento das rádios gospel e da programação religiosa na TV aberta. Na educação, existe uma pressão para a revisão do ensino da teoria da evolução e a inclusão de valores cristãos nas escolas.
A preocupação com a comunidade indígena também faz parte da estratégia de dominação da igreja evangélica. Através do "Fator Melquisedeque", uma tese que busca justificar a evangelização de todos os povos, missionários tentam converter indígenas ao cristianismo, utilizando inclusive a estratégia de comparar o Deus cristão às divindades indígenas.
É importante ressaltar que a maioria dos fiéis evangélicos não tem consciência da estratégia de poder por trás do discurso religioso. Muitos buscam na igreja apoio espiritual, conforto e soluções para problemas pessoais.
Entretanto, a crescente influência da igreja na política e em outras esferas da sociedade levanta questões importantes sobre a laicidade do Estado e o respeito à diversidade. É preciso estar atento para que os direitos das minorias não sejam violados em nome de uma imposição moral de viés religioso.
A ascensão do poder evangélico no Brasil representa um desafio à democracia e à liberdade individual. Cabe à sociedade estar consciente dessa movimentação e lutar pela preservação de um Estado laico e de uma sociedade plural, onde a religião não seja utilizada como instrumento de poder e controle.
Um dos exemplos mais claros dessa busca por poder é o crescimento das igrejas que adotam o Modelo de Discipulado Apostólico (MDA). Esse modelo, similar ao marketing multinível, organiza a igreja em células com líderes que recrutam e treinam novos membros, criando uma estrutura hierárquica rígida e focada em resultados.
O MDA utiliza técnicas de persuasão emocional em retiros espirituais para fortalecer a adesão dos fiéis à sua visão. Através do segredo em torno desses retiros, o modelo gera curiosidade e propaganda boca a boca.
A influência da igreja evangélica se estende também à política. O voto evangélico foi decisivo nas últimas eleições presidenciais, impulsionando a eleição de Jair Bolsonaro e a nomeação de Damares Alves para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Damares Alves, em seus discursos, defendia abertamente que a igreja deve governar o Brasil. Ela afirmava que "não é a política que vai mudar esta nação, é a igreja", demonstrando a intenção de utilizar o poder político para promover uma agenda religiosa.
A influência da igreja já é evidente em áreas como a mídia e a comunicação, com o crescimento das rádios gospel e da programação religiosa na TV aberta. Na educação, existe uma pressão para a revisão do ensino da teoria da evolução e a inclusão de valores cristãos nas escolas.
A preocupação com a comunidade indígena também faz parte da estratégia de dominação da igreja evangélica. Através do "Fator Melquisedeque", uma tese que busca justificar a evangelização de todos os povos, missionários tentam converter indígenas ao cristianismo, utilizando inclusive a estratégia de comparar o Deus cristão às divindades indígenas.
É importante ressaltar que a maioria dos fiéis evangélicos não tem consciência da estratégia de poder por trás do discurso religioso. Muitos buscam na igreja apoio espiritual, conforto e soluções para problemas pessoais.
Entretanto, a crescente influência da igreja na política e em outras esferas da sociedade levanta questões importantes sobre a laicidade do Estado e o respeito à diversidade. É preciso estar atento para que os direitos das minorias não sejam violados em nome de uma imposição moral de viés religioso.
A ascensão do poder evangélico no Brasil representa um desafio à democracia e à liberdade individual. Cabe à sociedade estar consciente dessa movimentação e lutar pela preservação de um Estado laico e de uma sociedade plural, onde a religião não seja utilizada como instrumento de poder e controle.
Site: iter cognitionis
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